Risco de luz na imensidão da noite: vento de sonho. Quietude.

14
Ago 11

Quando termina o dia e te procuro pelos cantos da casa

 E tu me foges numa fuga premeditada, prolongando

O desejo da procura.

 

Quando teus olhos me procuram e tuas mãos me acariciam

E teus lábios se juntam aos meus…Acontece a dor do desejo,

A volúpia que se enamora do tempo.

 

Quando a chuva beija as vidraças e as horas não morrem,

Espero-te e não encontro espaço para amar.

 

Quando a sombra da tarde desce sobre o teu olhar e é tempo

De partires. Tudo é irreal.

 

 

Quando não escuto a tua voz há um vazio e a ilusão do nada

E nem as palavras serão a resposta a tão agreste solidão.

 

 

publicado por José Carlos Silva às 18:26
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14
Abr 11

Quando te olho espero um sorriso

como se fosse o sol. Pareço o petiz,

esperando um beijo. E na hora nem percebo

 se é esse o meu desejo. E não cessa o disparate,

pois num escaparate encontra-se o Quiqui,

o gato que ri! Só ri.

publicado por José Carlos Silva às 21:15
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12
Mar 11

Quando os teus olhos me procuram e as tuas mãos me acariciam,

quando os teus lábios se juntam aos meus e eu te olho. É o fim!

Quando a chuva beija a vidraça e te enlaço, espero encontrar

o espaço que me permite entrar... É o fim!

Quando na sombra da tarde os minutos se escoam, a vida parece

irreal. Sinto a saudade e fujo sorrindo para a realidade abismal.

Quando sinto a tua voz olvido tudo. Sei que as palavras falharão

na ilusão de ser o barco que a vida navegou.

E a resposta não chega, nem o teu olhar deixa de brilhar na solidão

do mar.

publicado por José Carlos Silva às 18:43
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15
Ago 10

Quando chego ao fim sinto a voz cansada numa golfada abarco o mundo perdido

no acaso imemorial de um outro inacabado. Longo cabelo esvoaçando ao vento agreste

da planície, a boca rasgada, uma funda azeda expressão caiada de morangos e solidão.

Uma voz que agita a doce razão, perde-se no espaço a breve melancolia, outro espaço

remete a longa caminhada um desconhecido que o momento agita. Quando a voz  

amarga soa na granítica tempestade de ontem, sobra a lembrança eterna e dolorosa uma

sensação bizarra  que parece uma voz distante. Que infinito ocaso no acaso inabitual,

que dor amarga transporta o ar, puro olhar de uma tardia aspiração, conquista sonolenta

do tudo ou do nada. Então, quando chego ao fim sinto a voz cansada, a voz cansada, a

voz dormente, uma paz obscura, uma lágrima paciente, uma dor aguerrida, louca

sensação finita, perdida…

publicado por José Carlos Silva às 21:29
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25
Jun 10

Quando o dia

cerra as maldições

e o silêncio sobrevive

sobra a sensação

de uma sombra esperando

e fugindo sem dela darmos

conta. É aquele segundo

do beijo, quase num soluço

e o derradeiro aceno,

solidão de desespero.

publicado por José Carlos Silva às 20:03
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Quando a noite cai

e o silêncio num suspiro humedece,

há sempre uma pergunta

que os teus olhos fazem

na mais pura inocência:

- Valerá a pena viver?

Eles dizem tudo,

até a música da noite cantam

num silêncio,

esperando que a vida lhe traga

a inquietante quietude da vida.

Contigo olho a noite

esperando o dia.

Beijo-te os olhos

húmidos de silêncio

e o sonho desfaz-se

numa ternura louca

misto de ansiedade e desejo.

Por fim,

dá-se a entrega perdidamente.

publicado por José Carlos Silva às 19:51
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